Eu?

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De dentro e do avesso, misturas do bem e do mal. Formada em Moda; Fascinada por arte desde sempre; na busca de transformar a vida em puras canções.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Passeios perdidos

Passeando perdidamente nos meus pensamentos, agora é duas da madruga e resolvi namorar o computer (rs). Amanhã Dia dos NAmoraDos nada programado, só resfriado. Tive a oportunidade de dar uma saída, mas várias questões me perseguiram. E nesse vai e vem de definir minha situação percebi que o que sou hoje é o reflexo de tudo que eu já vivi, mesmo que não tenha tanto tempo de vida, está sendo suficiente pra aprender. Aprender que perdoar não é esquecer, é apenas deixar o que passou e seguir em frente; Aprender que uma atitude, uma palavra pode mudar tudo; Aprender que cada vez mais  somos mais falhos.
Meus pontos negativos caminha desde a antiguidade, como seres pecadores que somos. Algumas coisas vai se trasnformando pra melhor, para crescermos emocionalmente, já outras nos deixam-nos ressabiados, cheio de desconfiança por um bom tempo ou por uma vida toda (aquela história...depois de quebrado não se volta ao formato original), mas será que deixamo-nos reciclar? Se permitir?...
Permita-se errar?
permita-se recomeçar?
permita-me pensar?
permita-me falar?
Eu aguardo, eu espero, mas também faço.
Volto, percebo, reciclo.
Me refaço, reciclo aquele vazio indefinido
me despedaço saindo daquele passado.

DcDaniChaves

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fácil e Difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião..
Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.

Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...

Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.

Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.

Fácil é ditar regras e...
Difícil é segui-las...

(*) Título original: Reverência ao destino (Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Escala da paixão

 versos soltos do coração..

Meu dia começou, mas não consegui sair do lugar. Ficar em casa já não faz mais parte dos meus planos, o trabalho que é tão corrido não combina com ficar doente (Conjuntivite-5 dias em casa). Então, antes de lavar uns pratos aqui em casa resolvi postar e matar a saudade. Quero falar sobre... paixão. Isso? a vida vai e volta e nesse ciclo contagiante (como a epidemia de conjuntivite) a paixão também vai e volta. Comigo ela faz parte de uma escala (mas, o nome dessa não é a escala Richter ou fahrenheit), meus sentimentos começa a semana em 19° e termina em quase 0°. Acho que nunca vou conseguir entender essa constante mudança dos meus sentimentos, e o pior é explicar essa falta de harmonia pra quem precisa.
Eu sei bem o que é sentir meu coração palpitar por algo novo, ou  um lindo recomeço...e por saber disso não consigo mais sentir essa coisa tão boa novamente. Mesmo que as novas paixões te levam ao alto da consideração, você procura muito mais, a gente sempre quer mais! E o motivo não é a insatisfação, mas sim as diferenças que não dão certo. Como um dia eu ouvi: " Os opostos podem até se atrair, mas nem sempre se dão bem". E como essa atração são apenas paixões é por isso que me desmotiva.
A única certeza mais absoluta que eu tenho é que eu ainda espero, ainda esperarei por uma linda e verdadeira história de amor. Não aquelas de filme, novela..seriados rs aquelas que acontecem com gente como a gente, não personagens idealizados por escritores, diretores. Meu diretor é meu criador e eu sei que apesar de tudo Ele vai escrever juntamente comigo uma simples história ou  a mais sensacional e contagiante história!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

À minha querida solteirice...

Aaah.. solteirice! Você tem estado tão perto de mim nesses últimos meses... Mesmo não fazendo tanta questão você me persegue. Voluntariamente ou involuntariamente você tem sido minha companheira. Voluntariamente para me sentir mais à vontade, involuntariamente quando se pensa no futuro.

Momentos de solteirice nunca são permanentes, ou seja, não se quer ser solteiro para sempre, normalmente nunca estamos verdadeiramente satisfeitos. As ocasiões de ter que decidir algo por você mesmo e não ter que pensar no que seu companheiro(a) vai achar sobre sua decisão trás um sentimento de liberdade, (mesmo que provisório). Mentiroso é aquele que diz não se preocupar em ficar velhinho e sozinho. O ser humano sente falta até do que ele nunca conheceu, vive idealizando algo para se sentir melhor.

Ser solteiro às vezes por falta de opção nos tempos de hoje, significa muitas vezes que mesmo que tenha pessoas com a mesma vontade namorar, não se enquadra nos valores morais, culturais e na melhoria de vida que se espera alcançar (fugir do comodismo e apreciar novos desafios). O grande problema hoje em dia é o "pensar pequeno". Infelizmente existem aqueles que adoram o comodismo. “Desafios novos? Nem pensar. Facilidade é o que há”. E isso me revolta, parece falta de vontade de viver. Não querendo ser feminista, mas as mulheres quebram barreiras cada vez mais, surpreendem o mercado de trabalho, é a super poderosa dentro do lar, enquanto muitos homens ainda só pensam em balada. Se a percepção fosse semelhante talvez existiria menos solteirice neste planeta que se chama Terra. Para uns Terra dos que querem, mas tem preguiça; para outros, Terra daqueles que buscam, e encontram.

Só tenho pena dos solteiros por egoísmo, por não compreender, por ser indivisível e não compartilhar com o próximo, devido a segredos encobertos pelo passado. Ninguém vive sozinho e absoluto. Agora, a solteirice por vontade própria tem muito a ver geralmente pelo fato da individualidade que o ser humano precisa ter. Estar sozinho, não é a mesma coisa que solidão. Ser solitário é um degrau mais abaixo, nas proximidades da depressão. Você pode estar numa sala lotada e se sentir solitário, por isso que existem muitas pessoas que namoram e continuam se sentindo sozinhas, mas prefere permanecer namorando por aparência, por se acostumar a ter um 'companheiro-objeto'.
DaniChaves


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Não poderia deixar de citar...

A cantata de Natal com as crianças foi benção!


2010 acaba e...
                       2011 começa em grande estilo:


Prainha Branca - Litoral Paulista

O melhor está por vir

As emoções se tornaram neutras. Quero disparar o coração. Quero muito mais que aparência, muito mais que paixão. Quero emoção. Quero que faça valer a pena, quero arriscar com certeza (mas como?rs). Quero abraçar sem medo, viver sem desapego. Quero me envolver por completo, construir sonhos que ficaram no caminho. Quero ver a rosa, não quero sentir seus espinhos. Quero ver que é possível, mesmo sendo difícil. Não quero ficar aflita e sim conseguir quebrar paradigmas. Quero acreditar que 2011 vai ser ainda melhor. Que Papai noel que nada...sei que meu Pai lá do céu está vindo trazer meu presente.

"Porque todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Ti e Nada acontece sem ser da Sua vontade".

 
sonhos que dormem.



Um trecho da aula de ontem:
 "As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo seja facíl de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crêr."
(Sergio Pimenta)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma carta pra mim mesma.

Velha infância
SAUDOSISMO

Aí eu fiquei me lembrando de quando eu era criança, e o mundo era só um tapete colorido pra eu andar e descobrir. Que delícia era aquilo tudo… Tudo era novidade. Uma fita métrica, os anúncios da rua tentando ler, um copo de lata de presente do pai, canções na maleta da minha mãe, o tio trazendo chocolate, uma roupa da Lilica Ripilica. Tudo era brilhante e diferente, tudo era adorável e curioso. Tudo fazia o mundo ter uma graça, um mistério, um calor diferente. E me peguei muito, muito a alegria que trago daquela época.

Para as crianças, pra mim foi assim, os dias compridos, intermináveis. Brincar de boneca, arrumar a casa da Barbie era tudo, era o desejo da vida real colocado na fantasia da brincadeira. Sair com os primos, meu irmão de óculos de sol e motoca, minha irmã de vestido rodado andando patins. Uma cabana no bosque, a casa da Turma da Mônica, o porão da casa da Nani, usar a maquiagem da tia, jogar o Jogo da Vida torcendo para ter filhos gêmeos, brincar de tubarão na igreja.

Eu me lembro que uma mesma tarde dava pra brincar, pra fazer a lição de casa, pra assistir Castelo Ratimbum, pra dormir, pra desenhar, comprar doce, e ainda passear com minha vó no supermercado. Que tardes eram essas, que hoje em dia ficaram tão curtas pra mim? Por que o tempo, para os adultos, é tão curto, tão corrido? Quando ganhei o meu primeiro relógio que funcionava - da Barbie, aquele, que as crianças ganham quando ainda não sabem ver horas direito, me lembro de que deveria tirar o relógio na hora de tomar banho. Eu acreditava nas histórias do "Papa-figo" que meu pai contava, e meu irmão acreditava que o Lobo-mau disfarçado do teatro iria pega-lo no meio da peça e logo abria o bocão, que tempo maravilhoso que sempre nos acompanhava . Que pena que a lógica da vida dos adultos não me deixar mais acreditar nessas coisas…

E o que dizer da capacidade inesgotável de se movimentar? Pular de uma escada de 10 degraus, cair, levantar, chorar, rir, correr sem parar, competir escalando a parede, pega-pega em volta do colchão, escorregar no quintal molhado, tomar banho de chuva, pular corda, balançar, pendurar-se nas portas do guarda-roupa, achar graça em galo na testa, língua mordida, voltar cheia de barro para casa. Que diferentes e patéticos são os adultos, que só correm pra chegar no horário no banco, que não se aventuram mais a pular os degraus da escada, que não conseguem se movimentar nem pra buscar a comida na cozinha depois de um dia cansativo de trabalho. Desmotivados são os adultos, que usam as mesmas roupas por anos, pois não crescem mais, não mudam, a não ser para envelhecer e engordar.

Os relacionamentos, esses eram deliciosos. Um sentimento de ira era rápido, era só virar a cara ou um simples “tô de mal” ou mostrar a língua e logo em seguida tudo se resolvia. Uma festa de aniversário era motivo pra uma euforia que durava dias. Fazer trabalho na casa da amiga... era só alegria! só terminava a noitão, parava várias vezes para comer, brincar, assistir tv. Na igreja, o lápis e a caneta me acompanhava não deixando ninguém prestar atenção no culto. Uma brincadeira nova era razão de arrumar mais amigos, ficar arrumando horas e horas a casa da barbie. Criança não costuma mentir pra agradar, nem pra fazer média, e também não gosta de ser contrariada. Que delícia era chorar com vontade quando alguém magoava ou ofendia, ao invés de sufocar a razão, sorrir sem graça, tentando controlar seus impulsos, fingir que não entendi pra não explodir. Que máximo era gritar, beijar, abraçar e fazer carinho com vontade, descobrindo o outro, sem malícias, sem se preocupar em ser inconveniente nem parecer que está invadindo. Que delícia era ficar de bem apenas dando um dedinho “Vamos ficar de bem?”, sem precisar de tempo, mágoa, nem de discussões filosóficas intermináveis, nem de promessas falsas, nem de perdões impossíveis. Que delícia era poder me expressar na certeza de que seria acolhida depois dos conselhos, não importando se estivesse feliz ou triste, brava ou tranquila, indignada ou pasma.

Os problemas de criança são curtos e intensos, como um comercial de televisão. Quanto tempo dura um castigo? Por que a roupa rasgou? O que eu vou fazer quando o meu pai chegar e ver a parede rabiscada? Vou ter que pedir desculpas? Se minha mãe descobrir que eu abri essa caixa de bombom? Por que o meu amigo corre mais rápido que eu? Como vou conseguir o modelo novo da boneca que faz xixi?
Nada parecido com as coisas que consomem os dias dos adultos, os adultos, tão diretos em suas desgraças, e incapazes de se divertir com a alma em meio às crises… Os adultos, que se preocupam com o que não podem e não poderão nunca resolver, e assim deixam os dias passando debaixo do próprio nariz.

A criança é aquele ser inacabado, aquele poema em construção, aquela música que está sendo composta. Se revê, se atualiza, se reencontra, se reencanta a todo momento, e assim é vista também. Para o adulto, não há mais mistério em como funciona uma televisão, nem em como as nuvens passeiam no céu, nem no trovão nos dias de temporal. Não há mais graça nas coisas pequenas do dia-a-dia, e é por isso que as pessoas grandes estão sempre buscando a alegria e o encantamento em coisas inatingíveis, imaginárias, em idealizações imensas e sem nexo. O adulto não consegue, como a criança, ser feliz com pouco, como diz Arnaldo Jabour: “A felicidade virou uma obrigação de mercado. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. A Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo”.

É por isso que os adultos têm inveja das crianças. É por isso que brigam tanto, se incomodam tanto, se irritam tanto com elas. É por isso que querem controlá-las, ensiná-las dizer o que têm que fazer, não importa se isso vai custar lágrimas inocentes e milhares de “cala a boca e obedece!”. É por isso que os adultos insistem em adaptar as crianças a um mundo que eles mesmos repudiam, sem dar a elas a chance de transformação, de criar novas possibilidades, de simplificar as coisas. É por isso que a criança é sufocada pela mania de ficar prevendo o futuro; ela acaba cedendo e se tornando um adulto triste, sedentário e complicado também. É por isso que as crianças fracas ficam tristes mesmo quando ainda são pequenas, tendo a infância roubada pela agenda louca e ditadora dos adultos. É por isso que nós, adultos, esquecemos de como era legal brincar e ter a felicidade ao alcance dos dedos com o passar dos tempos… E chegamos a nos perguntar: Por que queremos ter crianças por perto?

Depois de alguns anos estando juntos delas, descobri por que quero estar perto das crianças. É que, ao vê-las tão felizes com a vida, roubo delas um pouco dessa alegria que as crianças são. Roubo descaradamente, e me dou o direito e o prazer de redescobrir o prazer de cantar uma música nova e nem perceber a hora do ensaio acabar, contar histórias... de descobrir seu modo de diversão em pleno século XXI, de ouvir uma risada inocente, delas brincarem de professora imitando você mesma, de pintar com tinta e melecar a mão. Passo por tudo isso de novo, e quando me esqueço, por alguns minutos, que sou a adulta responsável por eles, fico feliz e tranqüila, como uma criança… Esqueço de tudo lá fora, e vivo minha vida leve de novo - ainda que não consiga mais correr por tantas horas, nem me encantar com o pescoço da girafa do zoológico. Quando estamos juntos, nos divertindo, ou quando eu as observo, vejo nelas a alegria que eu mesma era (desse saudosismo que falei, mas que ainda quero viver perto delas) e me lembro como a vida pode ser simples quando a gente fala “pefessola” e tem tudo pela frente. As crianças, se me sugam, me alimentam durante os dias. E é por isso que, enquanto a criança moleca que eu fui ainda estiver viva, vou querer estar perto delas. Termino esse texto adaptado como uma frase: "Crescer é complicado, é uma espécie de corrida contra o tempo, e o resultado é sempre duvidoso."

DC Dani Chaves